O contrato está no centro de um dos episódios que levaram nesta semana à queda do ministro Wagner Rossi (PMDB), que pediu demissão quarta-feira em meio a uma onda de denúncias de irregularidades no ministério.
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Nesta semana, a Polícia Federal abriu inquérito para investigar as denúncias de suposta corrupção no ministério. Há suspeitas de direcionamento de licitação e pagamento de propina.
No lugar de Rossi, o Planalto confirmou ontem a indicação do deputado gaúcho Mendes Ribeiro (PMDB-RS), indicado pelo seu partido.
OUTRO LADO
A Fundasp (Fundação São Paulo), mantenedora da PUC (Pontifícia Universidade Católica), informou por meio de nota que sua participação no processo de contratação seguiu todos os trâmites legais e que o serviço vem sendo prestado normalmente.
O Ministério da Agricultura informou ter enviado toda a documentação do processo de licitação para a CGU (Corregedoria-Geral da União).
Além disso, a pasta afirmou, em nota, que pretende colaborar no inquérito da Polícia Federal para apurar suspeitas de irregularidades no contrato da Fundasp.
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O nome da Fundação Getúlio Vargas (FGV) teria sido usado indevidamente no ano passado para fraudar uma licitação do Ministério da Agricultura que terminou com a vitória da fundação mantenedora da PUC de São Paulo, de acordo com reportagem publicada nesta sexta (19) pelo jornal Folha de S. Paulo. O contrato seria o núcleo de um dos episódios que levaram à queda do ministro Wagner Rossi (PMDB), que pediu demissão na última quarta (17) em meio a uma onda de denúncias de irregularidades. A Fundação São Paulo (Fundasp) ganhou, em agosto de 2011, um contrato de R$ 9,1 milhões com o ministério para treinar seus funcionário, do qual já foram pagos R$ 5 milhões.
Segundo o periódico, documentos mostram que papéis forjados, uma assinatura falsa e um número de fax inexistente foram usados para criar uma proposta em nome da FGV. Fundação Getúlio Vargas diz jamais ter se interessado pela licitação. O lobista Júlio Fróes foi acusado de distribuir propina a funcionários após assegurar o contrato para a Fundasp, que nega que o lobista a representasse. Israel Batista, ex-chefe da comissão de licitações do ministério, disse à Polícia Federal que Fróes acompanhou todas as etapas da licitação. A proposta entregue em nome da FGV é assinada pelo coordenador de programas de educação continuada da FGV, Antonio Dal Fabbro, no entanto ele afirma que não reconhece a assinatura.

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