Paris - As dançarinas do célebre cabaré parisiense Crazy Horse declararam greve, pela primeira vez desde sua criação em 1951, e decidiram suspender o espetáculo por considerar que seus salários "não correspondem à carga de trabalho exigida".
Segundo a emissora francesa "RTL", as dançarinas decidiram quase por unanimidade não subir no palco na última terça-feira e também na tarde desta quarta, depois da direção rejeitar as propostas de negociação.
Os responsáveis do estabelecimento não quiseram apresentar sua versão enquanto as dançarinas distribuíam panfletos com os motivos de seu descontentamento nos arredores dos Champ-Élysées.
"Não é certo que nos trabalhemos 24 dias ao mês a uma tarifa que é lamentável", explicou à "RTL" uma das componentes do cabaré que se recusou a apresentar a coreografia elaborada por Christian Louboutin.
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]Brasília - O salários dos servidores do Senado estão a salvo da Lei de Acesso à Informação Pública.(então a lei está furada se a população não sabe quanto ganha os funcionarios públicos é conversa para o vulgo dormir) A mesa diretora aprovou nesta quarta um ato que regulamenta o processo de acesso às informações produzidas pela Casa, mas a diretora-geral, Doris Marize Peixoto, deixou claro que o Senado vê o vencimentos dos funcionários como uma informação protegida.
"A questão salarial individual é uma questão que tem apoio legal para não ser divulgado", afirmou, alegando a existência do sigilo bancário para que o Senado não forneça os dados. De acordo com a diretora, a estrutura salarial da Casa já está disponível na Internet. No entanto, essa estrutura não revela os salários reais dos servidores, sempre engordados com gratificações e outros penduricalhos a ponto de vários passarem do teto do funcionalismo público.
Uma lista revelada em agosto do ano passado pelo site Congresso em Foco mostrou que 464 servidores do Senado recebiam, em 2009, acima do teto da época, de R$ 24,5 mil mensais - inclusive Doris Peixoto, com um salário então de R$ 27.215,65. Havia funcionários recebendo até R$ 46 mil mensais. Nada indica que algo tenha mudado.
O ato aprovado nesta quarta-feira pela mesa apenas regulamenta a maneira como os cidadãos terão acesso às informações produzidas pelo Senado. Um comissão com representantes de todas as áreas que produzem documentos foi criada para analisar que tipo de classificação eles terão. A resposta terá que ser dada em 30 dias. Nesse meio tempo, a prioridade será dada para informações pedidas que não estejam hoje disponíveis.Um balcão será criado para que os interessados peçam dados do Senado. Se estiverem já abertos, a orientação é que a resposta seja dada na hora. Se não, o interessado pode preencher um formulário e esperar a resposta do órgão responsável.
Foi definida ainda a estrutura de recurso. Se uma informação é negada pelo órgão responsável mas o requerente não concorda, pode pedir a reconsideração à Diretoria Geral da Casa, que fará uma nova análise. "Quisemos deixar as coisas o mais simples possível. São apenas duas instâncias", explicou Doris. De acordo com a diretora-geral, o Senado já responde a 80% das informações pedidas.
O Senado ainda não decidiu, no entanto, se passará a abrir na Internet o Boletim Administrativo da Casa, onde são publicadas as férias, licenças e outras informações sobre os servidores. Hoje o acesso é apenas pela Intranet do Senado. Dóris alega que pode haver questões pessoais. "Nós publicamos ali, por exemplo, as férias dos servidores. Se alguém vai viajar, isso pode trazer algum risco", alega. No Executivo, as férias, licenças e afastamento dos funcionários - incluindo os ministros - são todos publicados no Diário Oficial, aberto a quem se interessar.
Análise: Vemos que como o Senado procura esconder da população e do Brasil os valores que pagam aos funcionários, o trabalhador comum ganha R$ 622,00 , isto serve para mostrar o absurdo do que é a politica no Brasil , onde todo mundo quer ser eleito para se aposentar com oito anos enquanto a trabalhador se aposenta com 60 anos, ou com 35 anos de contribuição, lá no Senado e na Câmara do deputados se enfiam os bicheiros, os religiosos espertos que tem seus currais humanos, traficantes de todo tipo, acaba ficando igual a uma grande mafia politica onde um protege os desvios de dinheiro dos outros.Muitas vezes a politica é coisa para boi dormir.
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Partido Pirata busca expansão mundial após sucesso na Alemanha
] Rickard Falkvinge está orgulhoso. De máquina fotográfica na mão e com o pin do Partido Pirata ao peito, o engenheiro de computação sueco documenta mais uma vitória do movimento que fundou. Os piratas estão crescendo mais rapidamente do que ele esperava.
"É como se fosse um bebê", diz. "Quando o bebê é pequeno, temos uma série de expectativas. Mas à medida que ele vai ficando mais velho, ele não cresce da forma que tínhamos planejado. Ainda assim, sentimos amor e orgulho."
O Partido Pirata alemão recebeu no domingo passado 7,8% dos votos nas eleições do estado mais populoso da Alemanha, a Renânia do Norte-Vestfália. Assim, pode enviar pela primeira vez deputados para a assembleia legislativa estadual. Falkvinge diz estar "cheio de orgulho" com o resultado. Os piratas festejaram a vitória com as bandeiras cor de laranja do partido, espadas feitas com balões e muito ruído.
É na Alemanha que o movimento tem alcançado algumas das suas mais importantes vitórias: os piratas alemães já conquistaram assentos em quatro assembleias estaduais e, de acordo com as sondagens, deverão entrar no Bundestag (câmara baixa do Parlamento) em 2013. Desde a criação do primeiro Partido Pirata, em 2006 na Suécia, os piratas já conseguiram enviar dois deputados para o Parlamento Europeu. O movimento já está presente em cerca de 60 países, nos vários continentes.
Próxima parada: América do Sul
"Este é um movimento mundial e estamos somente começando", diz Gregory Engels, co-presidente do Partido Pirata Internacional, uma organização que coordena 29 partidos em todo o mundo. Segundo ele, aumentar a presença na América do Sul, bem como na África e na Ásia, é um dos próximos objetivos.
"Este é um movimento mundial e estamos somente começando", diz Gregory Engels, co-presidente do Partido Pirata Internacional, uma organização que coordena 29 partidos em todo o mundo. Segundo ele, aumentar a presença na América do Sul, bem como na África e na Ásia, é um dos próximos objetivos.
No Brasil, o movimento pirata existe desde o final de 2007. Mas só este mês deverá reunir as assinaturas necessárias e oficializar-se como partido político, já de olho nas eleições de 2014. Na sua página online, o movimento diz querer apresentar ao povo brasileiro uma "nova maneira de se fazer política".
Falkvinge diz que o Partido Pirata tem muito para oferecer na América do Sul, onde o processo de democratização é relativamente recente. "Muitas das antigas práticas de corrupção permanecem debaixo da superfície e penso que as nossas ideias podem trazer alguma coisa para esta e para a próxima geração quanto à questão da transparência".
Origens do crescimento
Os analistas políticos utilizam a expressão "início fulminante" para descrever a ascensão do movimento pirata. Os piratas querem ser um movimento de resposta às alterações trazidas pelo mundo digital. Eles questionam o atual conceito de propriedade intelectual, defendem mais liberdade na Internet e transparência absoluta nas decisões políticas. "Respondemos a questões que os outros partidos nem sequer sabem que têm de ser colocadas", resume Falkvinge.
Os analistas políticos utilizam a expressão "início fulminante" para descrever a ascensão do movimento pirata. Os piratas querem ser um movimento de resposta às alterações trazidas pelo mundo digital. Eles questionam o atual conceito de propriedade intelectual, defendem mais liberdade na Internet e transparência absoluta nas decisões políticas. "Respondemos a questões que os outros partidos nem sequer sabem que têm de ser colocadas", resume Falkvinge.
Os críticos dizem que o programa do partido tem falhas: na Alemanha, os piratas têm sido apelidados de utópicos (o partido defende, por exemplo, transporte público grátis para todos) e têm sido acusados de não oferecerem respostas para questões como a presença militar alemã no Afeganistão ou a crise da dívida na zona do euro.
Ainda assim, os piratas conquistaram os eleitores. De acordo com o alemão Michael Lühmann, cientista político do Instituto de Göttingen para a Pesquisa sobre a Democracia, os piratas vieram "responder às preocupações dos cidadãos" na sequência de um descontentamento geral com a forma como se faz política. O voto no Partido Pirata, diz, é principalmente um voto de protesto.
O grande salto na popularidade dos piratas deu-se em 2011, um ano de vários protestos em todo o mundo. Milhares de manifestantes do movimento Occupy acamparam em Nova York, Frankfurt, Londres e em muitas outras cidades mundiais para protestar contra a injustiça social, a corrupção e a forma como os governos no mundo responderam à crise financeira.
Na capital espanhola, Madri, os "indignados" também foram às ruas pedir uma "democracia real", em que todos os cidadãos sejam ouvidos e não apenas as grandes empresas ou bancos. O ano de 2011 foi também o da Primavera Árabe, em que as revoltas populares destronaram líderes políticos que estavam há décadas no poder
A oposição dos piratas a projetos como o ACTA (Anti-Counterfeiting Trade Act), um tratado internacional que teria como objetivo uniformizar medidas para o combate à pirataria de filmes e de música, contribuiu também para que o movimento crescesse exponencialmente.
Depois do sucesso inicial
Lühmann adverte para os perigos de um crescimento tão rápido quanto maior for a ascensão do Partido Pirata, maior poderá ser a queda, diz. O fundador Falkvinge diz que o partido não pode tomar como garantia de sucesso as sucessivas vitórias dos últimos tempos. Será que o seu bebê está dando um passo maior do que a perna?
Lühmann adverte para os perigos de um crescimento tão rápido quanto maior for a ascensão do Partido Pirata, maior poderá ser a queda, diz. O fundador Falkvinge diz que o partido não pode tomar como garantia de sucesso as sucessivas vitórias dos últimos tempos. Será que o seu bebê está dando um passo maior do que a perna?
"Estamos sem dúvida a crescer mais rápido do que a nossa estrutura consegue suportar neste momento", reconhece. "Isso poderá ser um problema, mas, simultaneamente, há bastante entusiasmo e muita vontade de mudar o mundo para melhor."
Falkvinge diz que depois da eleição surge também o problema da reeleição, um dos desafios do movimento: "Ser reeleito é um jogo completamente diferente".
E nisso os piratas poderão estar em vantagem relativamente a outros grupos políticos. Numa entrevista em abril deste ano, Falkvinge associou a estratégia política à estratégia nos jogos e disse em tom meio descontraído: "Nós, piratas, jogamos muitos videogames".


