- Como Spiegel Online informou, está na Síria a partir da tecnologia de espionagem dos EUA em uso para monitorar o tráfego da Internet dos cidadãos - e para alguns serviços da Web, como bate-papo criptografados e telefonia via Internet, de bloqueio. A técnica utilizada é provável a partir do Brasão empresa dos EUA Azul, que é disputada, no entanto, tem que vir para a Síria. "Arquivos Spy" na WikiLeaks não contêm mais uma prova das alegações - que dezenas de operacionais e instruções de instalação para os produtos da Blue Coat.
- Na Líbia, Repórteres encontrados manuais para o uso de software de monitoramento para uma empresa francesa . Esta empresa, Amesys agora mesmo admitiu que tinha fornecido a tecnologia para a Líbia. WikiLeaks apresenta agora um acordo entre a empresa-mãe Crescendo Industries Amesys eo governo líbio.
- No Egito, os manifestantes tomaram o Gabinete do Serviço de Segurança do Estado em documentos Cairo com ofertas para o fornecimento de software de monitoramento ocidentais . Agora empresas de mergulho implícita nos documentos de WikiLeaks - mas apenas com catálogos, folhetos e boletins informativos.
- No Bahrain, há indícios de que as autoridades de segurança, um programa de monitorização para sondagem de ativistas de direitos humanos aproveitaram que virá da Nokia Siemens Networks. A empresa, então, apontou que esta divisão foi vendida - " tornou-se Trovicor ". Trovicor para ser encontrado no WikiLeaks "Arquivos Spy" nada atualmente.
- 2009 foi revelado que a Nokia Siemens Networks Irã no início de 2008 um sistema de inteligência chamada Plataforma havia fornecido , com todos os canais de comunicação devem ser monitorados. Nokia Siemens Networks podem ser encontradas nos arquivos WikiLeaks apenas com uma apresentação sobre questões jurídicas relacionadas ao monitoramento de telefone, sem referência específica a determinados países.
- Final de 2010, a Ericsson confirmou, em princípio, aplicável a tecnologia de vigilância de telecomunicações para a Bielorrússia ter entregue . As interfaces de monitoramento são padrão, mas uma característica que seguir as orientações internacionais e poderia ser exportado legalmente. Ericsson surge nos documentos publicados pelo WikiLeaks ainda tem que ser.
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"Kama Sutra" é mais do que um manual de posições sexuais, mostra nova tradução
Clássico hindu é frequentemente associado à libidinagem pelos ocidentais, mas nova edição do livro expõe o contrário

O simpático Ursinho Puff – ou Pooh, como informa a legenda em inglês – lidera a turma. Alaranjado, veste uma singela camisa cor-de-rosa e tem as feições ingênuas que o caracterizam desde 1926, quando o escritor britânico Alan Alexander Milne o inventou. Depois, vêm três amigos de Puff, um mais fofo do que o outro: Leitão (ou Piglet,), Tigrão (Tigger) e Bisonho (Eeyore), o burro.As primeiras imagens limitam-se a apresentar os personagens da “trama” que se acompanhará em seguida, todos representados por pequenos bonecos de pelúcia.
Das nove adaptações que a argentina Alicia Gallotti publicou, por exemplo, a mais nova promete ensinar “101 posições sensuais”. Já a de Nicole Bailey oferece “52 posições ardentes”. Na própria Índia, o termo kama sutra se banalizou e virou marca de camisinha.No mercado editorial, o antiquíssimo compêndio se tornou sinônimo de sexo extravagante e atlético. Ou melhor: de manual fartamente ilustrado, em que casais se contorcem de inúmeros jeitos para driblar o tédio do papai-e-mamãe, como se praticassem uma espécie de ioga obscena.
Do sábio que concebeu o Kama Sutra, se conhece muito pouco. É certo que habitava o norte da Índia, que vivia em castidade quando criou o livro e que carregava o sobrenome Vatsyayana.Papagaios, galos e perdizes
Tudo leva a crer que o trabalho de Vatsyayana tinha por alvo homens e mulheres de elite, cultos e refinados, com tempo e recursos para saborear a vida.
O Kama Sutra explicita, ainda, a rotina ideal dos chefes de família. Indica onde devem morar, de que maneira devem dispor adornos e móveis pela casa, quais hábitos de higiene devem adotar, de que modo devem se divertir e quando devem se alimentar ou tirar um cochilo. Entre as tarefas diárias que lhes atribui, destaca-se promover brigas de galos, perdizes ou carneiros e ensinar papagaios a falar.
Mas o melhor do livro está mesmo nos trechos em que Vatsyayana ataca de conselheiro erótico-afetivo. Não bastassem as considerações sobre carícias e posições sexuais, o autor receita afrodisíacos e substâncias capazes de aumentar o pênis ou alargar a vagina.
Sugere igualmente uma série de feitiçarias que, num átimo, tornariam irresistível a mais insossa das criaturas. Também classifica os humanos de acordo com a dimensão de seus genitais. Os cavalheiros podem ser “coelhos”, “touros” ou “cavalos”, em ordem crescente de tamanho. As damas, “gazelas”, éguas” ou “elefantas”.
Os capítulos que discutem o casamento esclarecem como os homens devem agir para arranjar uma boa noiva ou seduzir a mulher alheia e como as esposas devem se comportar diante dos maridos.
”Na opinião da acadêmica norte-americana Wendy Doniger, estudiosa do hinduísmo e do sânscrito, o Kama Sutra surpreende por não se mostrar tão machista como outros livros do período.
Há, sim, trechos em que Vatsyayana preconiza ações violentas contra as mulheres. Um dos mais gritantes: se uma virgem não aceita “contrair núpcias”, o autor afirma que, após esgotar as tentativas de conquistá-la, o pretendente pode raptá-la e deflorá-la.
Em contrapartida, o texto rejeita a tradição já no terceiro capítulo da primeira parte, quando Vatsyayana aconselha às jovens lerem sempre o Kama Sutra, ainda que “alguns sábios” as desautorizem e aleguem que não lhes cabe aprender “qualquer tipo de ciência”.
Do mesmo jeito, aceita que as moças façam sexo oral, apesar de “os mestres” proibirem o ato, sob o pretexto de as infratoras levarem a desgraça àqueles que as beijarem.
Lingam e yoni
Foi o lendário sir Richard Burton (1821-1890) quem trouxe o clássico hindu para o Ocidente. Célebre por descobrir as nascentes do rio Nilo na África e traduzir As Mil e Uma Noites, pérola da literatura árabe, o explorador e linguista britânico desafiou a rígida moral da Era Vitoriana e lançou a versão inglesa do Kama Sutra em 1883.
Embora a assine sozinho, sabe-se que três indianos o ajudaram a destrinchar o compêndio. Praticamente a totalidade das edições brasileiras advém do trabalho deles.
Nadando contra a corrente, os paulistanos Daniel Miranda, 41 anos, e Juliana Pondian, 28 – que, entre 2003 e 2006, dividiram a mesma classe de sânscrito na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP – utilizaram apenas o original de Vatsyayana para empreender a tradução da segunda parte. A tarefa lhes tomou cinco meses.
A versão de ambos se distingue da britânica em poucos, mas eloquentes aspectos. O principal: no século 13, um autor de nome Yasodhara escreveu o livro Jayamangala, que disseca cada parágrafo do Kama Sutra. Burton conhecia tal análise.
• Sempre que precisava mencionar “pênis” ou “vagina”, Burton evitava os equivalentes em inglês. Preferia trocá-los respectivamente por lingam e yoni. No hinduísmo, as palavras em sânscrito se referem à genitália do deus Shiva e de sua segunda mulher, Parvati. Ocorre que Vatsyayana nunca usa o termo yoni e raramente emprega lingam como sinônimo de “pênis”. Em geral, para designar os órgãos sexuais, lança mão de um substantivo neutro, jaghana, que significa pélvis ou quadris. Os tradutores de São Paulo optaram por redigir “pênis” e “vagina” quando necessário.
• Originalmente, o Kama Sutra chama os homossexuais masculinos de “pessoas do terceiro sexo”. Daniel e Juliana agem de modo idêntico e avisam, numa nota de rodapé, que a qualificação identifica tanto os gays travestidos de mulher quanto os não travestidos. Burton, porém, substituiu “pessoas do terceiro sexo” por “eunucos”.Vatsyayana diz que, durante o coito com homens, as moças podem se valer de “instrumentos artificiais” caso queiram usufruir de mais prazer. A dupla paulistana mantém o sentido da frase. Já o britânico traduziu “instrumentos artificiais” como “drogas”.
O que explica as diferenças? “Possivelmente, Burton censurou por conta própria as expressões que julgava menos palatáveis para os europeus do século 19”, arrisca Daniel.
De qualquer maneira, tal qual os brasileiros, o explorador inglês preservou intacto um trecho que resume à perfeição o espírito de todo o Kama Sutra: “O terreno dos manuais serve enquanto o desejo é baixo. Mas, quando a roda da paixão gira, não há regras nem ordem”.
O LIVRO
Kama Sutra, de Vatsyayana. Tradução de Daniel Moreira Miranda e Juliana Di Fiori Pondian. Selo Tordesilhas, 96 págs., preço a definir
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